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Avatar de Rafael Lins

Ah, senti falta de mais interpretações no seu texto! Entendo que é mais descritivo, mas fiquei com aquela coceira depois de assistir.

Não só coceira, esse é um episódio que não só é assustador, como exasperante, ao menos, pra mim. Estar enredado numa situação onde ninguém acredita em você me dá aquela mesma sensação de estar preso em um lugar, como uma caixa, onde você mal consegue erguer braços, pernas, mal tem espaço para o diafragma se erguer pra respirar. Por isso que a catarse da luta corporal e o tiro que matou a Verity foi muito bem-vinda. Obrigado, Charlie Brooker, por matar essa vilã de anime pra gente.

Mas fiquei aqui pensando muito na questão racial - tá aí no título, tá nas reações da Verity "ai, estou com medo dela, ela é muito agressiva". Porque, de certa forma, é uma hipérbole do racismo estrutural esse episódio: ser lançado numa realidade que desconfirma você o tempo todo porque uma pessoa branca disse algo que, magicamente, convence a todos.

Pra mim, a guinada mais maluca é aquele fim onde ela vira a Imperatriz do Universo. Mas é um episódio de extrapolações (por isso a sua lembrança com o Demônio lá, talvez?). Mas fico pensando o que isso diz da Maria e também diz das nossas balanças de poder, opressão, humilhação e dominação.

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